Impressão Geral: Uma ale britânica clara, lupulada, moderadamente forte, bem atenuada com um final seco e um aroma e sabor lupulado. Ingredientes clássicos britânicos proporcionam o melhor perfil de sabor.
Aroma: Aroma de lúpulo moderado a moderadamente alto, floral, picante-apimentado ou cítricos a laranja natural são típicos. Um leve cheiro de grama em razão de dry hopping é aceitável, mas não é obrigatório. Uma presença de malte moderadamente baixo como de caramelo ou tostado é opcional. Baixo a moderado frutado é aceitável. Algumas versões podem ter notas sulfurosas, embora este caráter não é obrigatório.
Aparência: Uma gama de cores que vão do dourado ao âmbar profunda, mas a maioria são bastante claras. Deve ser límpida, embora as versões não filtradas com dry hopping podem ser um pouco turvas. Espuma de volume moderado, persistente, de tom marfim.
Sabor: O sabor de lúpulo é de médio a alto com um moderado amargor de lúpulo, de moderado a assertivo. O sabor de lúpulo deve ser semelhante ao aroma (floral, picante-apimentado, cítrico de laranja e/ou levemente gramíneo). O sabor do malte deve ser médio-baixo a médio e possuir características de pão, opcionalmente com notas leves de biscoito, tostado como toffee e/ou caramelo. Frutado médio baixo a médio. O final é semi-seco a muito seco, com o amargor podendo se estender até o retrogosto, mas sem ser áspero (harsh). O balanço é no sentido de lúpulo, mas o malte deve ser perceptível no suporte. Se a água utilizada é rica em sulfatos, um sabor distintamente mineral, um final seco, algum sabor de enxofre e um amargor prolongado, estão normalmente presentes. Algum sabor de álcool limpo pode ser notado nas versões mais fortes. Amadeirado é inapropriado neste estilo.
Sensação de boca: Suave, corpo médio baixo a médio, sem adstringência derivada do lúpulo, embora moderada a média-alta carbonatação pode combinar com o lúpulo para dar uma sensação geral de secura apesar da presença de malte de suporte. Um baixo e suave aquecimento do álcool pode e deve ser percebido em versões (mas não todos) mais fortes.
Comentários: Os atributos da IPA que eram importantes para a sua chegada em boas condições na Índia foram ser fortemente lupuladas e muito atenuadas. Simplesmente porque foi assim que as IPAs foram enviadas, isso não significa que outras cervejas como Porter também não foram enviados para a Índia, que a IPA foi inventada para ser enviado para a Índia, que a IPA foi muito mais lupulada que outras cervejas para ser armazenado ou que o nível de álcool era incomum para a época. Muitos exemplares modernos rotulados como IPA são bastante fracos em intensidade. De acordo com a CAMRA, “Chamar de IPA cerveja com intensidades próximas a 3,5% não é ser fiel ao estilo”. O historiador de cerveja Inglês Martyn Cornell comentou que as cervejas deste estilo “na realidade não são realmente distinguíveis de um amargor comum”. Por isso escolhemos concordar com essas fontes para nosso Guia de Estilos em vez do que algumas modernas cervejarias britânicas estão chamando IPA; basta ter em mente que estes dois tipos principais de IPA estão no mercado do Reino Unido hoje.
História: O relato de suas origens varim, mas a maioria concorda que o que mais tarde ficou conhecido como IPA era uma pale ale preparada para expedição para a Índia no final de 1700 e início dos anos 1800. George Hodgson da Cervejaria Bow tornou-se bem
conhecido como um exportador de IPA no início de 1800 e é o primeiro nome mencionado frequentemente com esta popularidade. Tal como acontece com todas as cervejas inglesas com uma longa história, a popularidade e a formulação do produto mudaram ao longo do tempo. As cervejarias de Burton, com sua água rica em sulfatos foram capazes de desenvolver com sucesso IPA e começaram seu domínio neste mercado na década de 1830, época em que o nome India Pale Ale foi usada pela primeira vez. A intensidade e a popularidade diminuiram com o tempo e o estilo quase desapareceu na segunda metade do século 20. O nome muitas vezes foi usado para descrever cervejas claras e amargas, sem nada de especial (uma tendência que continua em alguns exemplos britânicos modernos). O estilo foi submetido a uma redescoberta da cerveja artesanal na década de 1980, e é o que é descrito neste Guia de Estilos. Exemplares modernos são inspiradas nas versões clássicas, mas não deve pressupor terem uma linhagem ininterrupta, com o mesmo perfil exato. White Shield é provavelmente o exemplo com a linhagem mais extensa, atribuída a forte Burton IPA de antigamente, e foi produzida pela primeira vez em 1829.
Ingredientes Característicos: Malte pale ale. Lúpulos ingleses são tradicionais, em particular os de finalização. Levedura ale inglesa com propriedade muito atenuante. Açúcar refinado pode ser utilizado em algumas versões. Algumas versões podem mostrar um caráter de sulfatos da água do tipo de Burton, mas isso não é essencial para o estilo.
Comparação de estilos: Geralmente terá mais lúpulos de finalização e menos frutado e/ou caramelo que as Pale Ale britânicas e Bitters. Tem menos intensidade de lúpulo e um sabor de malte mais pronunciado do que as versões americanas.
Estatísticas Vitais:
OG: 1050-1075
FG: 1010-1018
IBU: 40 – 60
SRM: 6-14
ABV: 5,0-7,5%
Exemplos Comerciais: Freeminer Trafalgar IPA, Fuller’s Bengal Lancer IPA, Meantime India Pale Ale, Ridgeway IPA, Summit True Brit IPA, Thornbridge Jaipur, Worthington
White Shield.
Etiquetas: Intensidade Alta, Cor Clara, Fermentação Alta, Ilhas Britânicas, Estilo Tradicional, familia-ipa, Amarga, Lupulada.
Fonte: BJCP / Tradução por: Mauro Manzali Bonaccorsi